Como aplicar A Arte da Guerra aos negócios e à carreira

71% dos executivos do Fortune 500 citam A Arte da Guerra como uma influência fundamental em sua forma de liderar. E talvez essa seja a maior ironia: em um mundo de mudanças constantes, nossa melhor bússola pode ser um livro de 2.500 anos atrás.
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Por DJALBA LIMA (*)

TRANSCRIÇÃO DO PODCDAST

Imaginem só: um manual militar escrito há mais de dois mil anos se tornou a bíblia secreta dos CEOs mais bem-sucedidos do mundo. A Arte da Guerra está moldando decisões corporativas até hoje, e isso é fascinante.

Hmm… é realmente incrível como os princípios de Sun Tzu transcenderam não só o tempo, mas praticamente todas as áreas da liderança moderna.

E sabe o que é mais interessante? Estudos mostram que 71% dos executivos do Fortune 500 citam A Arte da Guerra como uma influência fundamental em sua forma de liderar.

Nossa, não sabia desses números! Como você acha que o primeiro princípio, sobre autoconhecimento, se aplica ao cenário atual?

Bem, veja só: uma pesquisa recente da Harvard Business Review mostrou que líderes com alto nível de autoconsciência têm empresas 15% mais lucrativas. É aquela história: você precisa conhecer suas forças e fraquezas antes de poder liderar outros.

E isso se conecta perfeitamente com o segundo princípio, sobre vencer antes da batalha, não é?

Exatamente! Um exemplo prático: a Apple gastou três anos planejando o primeiro iPhone antes mesmo de anunciar. Eles já tinham praticamente garantido o sucesso antes do lançamento.

Falando em adaptabilidade, como você vê o princípio da água se aplicando às empresas modernas?

Uh, isso me lembra o caso da Netflix. Em vez de confrontar diretamente as locadoras tradicionais, eles encontraram um novo caminho — primeiro com DVDs pelo correio, depois com streaming. Hoje são avaliados em mais de 150 bilhões de dólares.

E quando pensamos em liderança pelo exemplo, temos casos como o do antigo CEO da Starbucks, que começou como barista…

Sim! Howard Schultz é um exemplo perfeito. Ele manteve o plano de saúde dos funcionários mesmo durante a crise de 2008, quando todos cortavam benefícios. O resultado? A lealdade dos funcionários aumentou 28%.

Mmhmm… e como você relaciona isso com o princípio de conhecer o terreno?

Olha, um estudo da McKinsey mostrou que 70% das transformações digitais falham justamente porque os líderes não entendem bem o “terreno” atual — tecnologia, cultura, expectativas dos clientes.

E sobre evitar batalhas desnecessárias? Como isso se traduz hoje?

Um exemplo recente é a Microsoft. Em vez de lutar contra o Linux, como fazia nos anos 90, hoje ela é uma das maiores contribuidoras de código aberto. Às vezes, fazer as pazes é mais lucrativo que fazer guerra.

Isso me faz pensar em como a diversidade se relaciona com o princípio de dividir para conquistar…

Bem, as estatísticas não mentem: empresas com equipes diversas têm 35% mais chances de superar seus concorrentes. É exatamente o que Sun Tzu falava sobre ter diferentes talentos unidos por um propósito comum.

E quanto ao elemento surpresa? Como isso funciona no mundo corporativo?

Pense no Airbnb revolucionando o mercado hoteleiro ou no Uber transformando o transporte. O elemento surpresa hoje está mais ligado à inovação disruptiva. Você sabia que empresas que investem em inovação têm margens de lucro 3,5 vezes maiores?

E quando falamos sobre moral elevado…

Um dado interessante: empresas com alto engajamento dos funcionários são 21% mais lucrativas. É exatamente o que Sun Tzu dizia sobre o poder do propósito e da motivação.

E o último princípio, sobre saber se retirar?

Um exemplo perfeito é a Intel, que em 1985 abandonou o mercado de memórias — seu produto principal — para focar em processadores. Uma decisão difícil que salvou a empresa. Hoje, a Intel precisa calibrar esse foco, para vencer novas dificuldades que surgiram por não fazer uma aposta adequada na inteligência artificial. Certamente está colocando isso no radar.

Então, qual você diria que é a maior lição para os líderes modernos?

Olha, estudos mostram que 82% das empresas que sobrevivem por mais de um século têm uma coisa em comum: adaptabilidade com princípios sólidos. É exatamente o que Sun Tzu ensina: ser flexível na tática, mas firme na estratégia.

E como você vê esses princípios moldando o futuro da liderança?

Bem, com a inteligência artificial e automação transformando o trabalho, a sabedoria de Sun Tzu sobre adaptabilidade e estratégia será ainda mais vital. No final, são os princípios humanos que fazem a diferença.

Então a verdadeira inovação está em aplicar essa sabedoria antiga de formas novas…

Exatamente! E talvez essa seja a maior ironia: em um mundo de mudanças constantes, nossa melhor bússola pode ser um livro de 2.500 anos atrás. Desde que saibamos adaptá-lo ao nosso tempo, claro.

 

 

(*) Djalba Lima é jornalista e MBA em Marketing.

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