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Como identificar ameaça à democracia

Dois professores da Universidade de Harvard (EUA) identificaram os quatro principais indicadores de comportamento autoritário de políticos:

1) Rejeição das regras democráticas do jogo – sugerem a necessidade de medidas antidemocráticas, como cancelar as eleições?

2) Negação da legitimidade dos oponentes políticos – afirmam que seus rivais constituem uma ameaça, seja à segurança nacional ou ao modo de vida predominante?

3) Tolerância ou encorajamento à violência – patrocinaram ou estimularam eles próprios ou seus partidários ataques de multidões contra oponentes?

4) Propensão a restringir liberdades civis de oponentes, inclusive a mídia – elogiaram medidas repressivas tomadas por outros governos?

Se algum dos 13 candidatos a presidente da República nas eleições de 2 de outubro próximo der positivo neste check-list, certamente poderá expressar na prática o pendor autoritário no exercício do mandato.

O check-list completo está no livro Como as democracia morrem, de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, da Editora Zahar; 1ª edição (2018).

FOTO: ANA VOLPE/SF

A destruição ou o enfraquecimento doo Legislativo é geralmente um dos alvos dos regimes autoritários

A morte da democracia é o fracasso da nação

Dois outros professores – Daron Acemoglu, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), e James A. Robinson, da Universidade de Chicago – associam o fracasso de uma nação à instabilidade política e à ausência de instituições sólidas.

Segundo eles, o sucesso de um país depende essencialmente de instituições políticas e econômicas inclusivas, ao contrário de instituições econômicas e políticas “extrativistas”, que retiram da sociedade o máximo que podem, em benefício da elite governante.

Mesmo que aconteça, o crescimento sob instituições extrativistas não será sustentado. Os dois especialistas apontam uma razão crucial para isso: para ser sustentado, o crescimento econômico requer inovação.

A inovação, conforme os pesquisadores, não pode ser dissociada da “destruição criativa”, que, ao substituir o velho pelo novo no âmbito econômico, desestabiliza as relações de poder na esfera política.

A reação dos donos do poder não apenas sufoca a inovação, como impede a inclusão política e econômica.

As constatações dos dois pesquisadores, com base em ampla pesquisa sobre as origens do poder, da prosperidade e da pobreza, estão no livro Por que as nações fracassam, da editora Intrínseca (2022).

A falta de uma visão compartilhada traz a ruína

 “A lealdade ao exército de Spartacus não era ao homem que o comandava e, sim, ao objetivo compartilhado – a ideia de que podiam ser livres. Viver como escravos, para eles, não fazia sentido.”

Peter Senge

No livro de Mateus, 12:25, está escrito: “Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá”.

O ensinamento das escrituras é perene e perdura até os dias de hoje. Um líder que divide sua organização ou país entre “nós” e “eles” não é um líder. É um chefe de facção.

Uma visão compartilhada por todos não é uma ideia, mas uma força revelada no coração das pessoas, com poder impressionante, como nos ensina Peter Senge. Um líder de verdade busca uma visão compartilhada, como fez Winston Churchil para derrotar o nazismo.

No clássico A quinta disciplina, Senge cita o filme Spartacus, adaptação da história de um escravo-gladiador romano que liderou uma rebelião em 71 a.C. Após inúmeras batalhas, os escravos foram dominados pelo general Marcus Crassus.

Crassus disse aos sobreviventes: “Vocês eram escravos e voltarão a ser escravos. Entretanto, serão poupados da pena da crucificação por clemência das legiões romanas. Basta apenas que me entreguem o escravo Spartacus, pois não sabemos quem ele é”.

Depois de uma pausa, Spartacus levanta-se e diz: “Eu sou Spartacus”. Em seguida, todos os escravos se levantam e dizem: “Eu sou Spartacus”.

Senge nota que a lealdade ao exército de Spartacus não era ao homem que o comandava e, sim, ao objetivo compartilhado – a ideia de que podiam ser livres. Viver como escravos, para eles, não fazia sentido.

Uma história emocionante sobre a força de uma visão compartilhada, que deve servir de inspiração para os líderes que desejarem usá-la para construir uma nação sólida.

O livro A quinta disciplina, de Peter Senge, editora Best Seller, 38ª edição (2013), detalha o pensamento sistêmico e, entre as cinco disciplinas, a visão compartilhada.

Serenidade e felicidade: como alcançar bem-estar emocional sustentável

Neste artigo, exploramos a busca pela felicidade na perspectiva de renomados filósofos como Norberto Bobbio e Luc Ferry, enfatizando a importância da serenidade como um estado mais sustentável e realista de bem-estar emocional. Discutimos como a serenidade, um equilíbrio interior perante as adversidades, pode ser cultivada através de práticas como mindfulness, meditação, exercícios físicos e manutenção de relações significativas. Também destacamos insights da psicologia positiva e da neurociência, sugerindo que a felicidade deriva da combinação de emoções positivas, engajamento, relações profundas, propósito e realização. Este enfoque holístico sugere que, embora a felicidade possa ser efêmera, a serenidade é um alicerce firme para uma vida plena e satisfatória.

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